A saúde é um direito inerente do ser humano, portanto qualquer tipo de limitação em relação ao direito à saúde constitui violação gravíssima dos direitos humanos. Mas será que isso vale para todos os países do mundo? Sabemos que no Brasil a constituição de 1988 prevê este direito, mas e nos Estados Unidos, por exemplo?
Não é de hoje que os cidadãos possuem dúvidas sobre o direito à saúde americano bem como de outros, principalmente em razão da situação precária em que se encontra o SUS no Brasil, tornando normal a comparação entre ambos. Levando este fato em consideração, a Habib Advocacia trouxe um conteúdo informativo sobre as principais diferenças entre o sistema de saúde americano e o brasileiro.
Não é segredo que os EUA contam com profissionais bem gabaritados, que frequentaram universidades renomadas e constituíram currículos acima do padrão, mas na prática não são todos os cidadãos do país que desfrutam dessa saúde de qualidade.
Diferente do Brasil, os EUA possuem uma saúde pública, mas não totalmente gratuita. Ou seja, todas as pessoas terão acesso aos hospitais, mas o valor do tratamento vai depender de qual cobertura você vai contratar. Claro que o atendimento será eficaz, pois os médicos utilizarão os melhores materiais disponíveis no mercado, mas existe um preço a ser pago por isso.
Ignorando temporariamente os numerosos problemas atuais do nosso país, como as filas enormes, demora no atendimento, falta de materiais hospitalares e descaso com os pacientes que ficam aglomerados nos corredores dos hospitais, no Brasil, o cidadão realmente consegue um atendimento totalmente gratuito.
Bom, agora sim temos uma opção de escapatória para o sistema de saúde pública, mas não gratuita dos americanos, certo?
Errado! Fazer parte de um plano de saúde nos Estados Unidos significa passar por um processo longo e burocrático, isso porque o sistema de saúde privado dos americanos elegem quais pessoas podem - ou não - ter acesso aos planos.
Existem inúmeras limitações para o cidadão aderir ao plano, pois as quantidades de doenças catalogadas são tantas que acabam dificultando o ingresso.
Enquanto isso, o direito à saúde brasileiro é laico e permitiu o surgimento dos planos de saúde como uma segunda opção, pois a maioria dos brasileiros tem acesso à saúde pública. O que acontece, muitas vezes, é que por receio das longas esperas por consultas ou cirurgias, o indivíduo - que pode e deseja pagar - adere ao plano para ter a segurança que os procedimentos serão realizados.